Dante Alighieri é uma figura importantíssima na história da literatura mundial.
Nascido em Florença em 1265, sua contribuição mais notável, a “Divina Comédia“, segue reverenciada séculos após sua criação. Ela conta a jornada de Dante pelo Inferno, pelo Purgatório e pelo Paraíso, inicialmente acompanhado pelo poeta Virgílio e com inúmeras referências à cultura, à sociedade e à política da época. Veja 10 curiosidades a seguir!
10 curiosidades sobre Dante Alighieri e sua Divina Comédia
- A língua italiana moderna tem um pai: Dante Alighieri, a quem se atribui a consolidação do “florentino vernacular” que deu origem à língua como a conhecemos hoje. Tudo isso graças às poesias e, principalmente, à Divina Comédia, que foi escrita nesse idioma, e não em Latim.
- Dante quebrou paradigmas ao escrever no dialeto de Florença, em vez do latim acadêmico, democratizando o acesso à literatura na época e unificando as variantes linguísticas italianas.
- A obra-prima do autor, “Divina Comédia”, não levava “Divina” no título originalmente; o adjetivo surgiu graças ao admirador Giovanni Boccaccio, que reconheceu seu valor transcendental.
- O impacto da “Divina Comédia” foi tão grande que se tornou um sucesso imediato, alçando-se a uma popularidade comparável aos bestsellers atuais e elevando o nome do poeta ao topo.
- Dentro da narrativa, encontramos mais de 900 personagens – alguns históricos, como Cleópatra e Júlio César, outros contemporâneos de Dante, como rivais políticos (incluindo um Papa ainda vivo) que ele representou no Inferno.
- A estrutura matemática é um ponto a se admirar dentro da “Divina Comédia”: ela é composta por 100 cantos e 14.233 versos. O número 3 e seus respectivos múltiplos são repetidos bastante ao longo do texto (3 círculos, 3 cânticos, 33 cantos, 9 círculos do inferno, 3 guias etc). E não atoa, já que o número 3 representa também a Divina Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo).
- Falando em 3, no início de sua jornada pelo além, Dante se depara com três animais na Floresta, símbolos dos pecados capitais que a humanidade deve vencer: um lince (luxúria), um leão (orgulho) e uma loba (ganância).
- A trilogia da obra – Inferno, Purgatório e Paraíso – é conduzida por diferentes guias espirituais: o poeta romano Virgílio, de quem Dante era fã, a amada Beatriz e São Bernardo, refletindo uma progressão espiritual e filosófica.
- Apesar de frequentemente considerado um texto religioso, a “Divina Comédia” é também um comentário/crítica social e política, refletindo as tensões políticas e as disputas de poder de sua época.
- A influência de Dante se estende além da literatura; sua representação imaginária do inferno, purgatório e paraíso influenciou profundamente as artes visuais, a teologia e a cultura popular, ecoando até os dias atuais. E resultando inclusive num péssimo filme, “Inferno”, que fecha a trilogia de Robert Langdon (Tom Hanks) baseada nos livros de Dan Brown.