Entre os castelos em ruínas, as paisagens desoladas e os segredos perturbadores da Literatura Gótica, há personagens que personificam os medos e desejos mais profundos da humanidade. Os “monstros” da literatura gótica não são apenas criaturas sobrenaturais, mas reflexos das complexidades e dualidades da condição humana.
5 – Mr. Hyde
“O Estranho Caso de Dr Jekyll e Mr Hyde”, de Robert Louis Stevenson, é uma das obras mais emblemáticas da literatura gótica.
Publicada em 1886, a novela narra a luta interna do Dr. Henry Jekyll, um homem respeitável que, ao tentar suprimir seus impulsos e desejos malignos, cria uma poção que o transforma no cruel Edward Hyde.
Hyde é a personificação dos desejos reprimidos de Jekyll, que se torna cada vez mais forte com o tempo até o ponto em que que Jekyll passa a depender da poção para manter sua consciência.
A dualidade entre Jekyll e Hyde simboliza a eterna luta entre o bem e o mal dentro de um indivíduo, comum a todas as pessoas.
4 – Dorian Gray
Nem todo monstro é fisicamente assustador e grotesco. E um exemplo disso é Dorian Gray, protagonista de “O Retrato de Dorian Gray” de Oscar Wilde, publicado em 1890, um jovem atraente que, influenciado pelo hedonismo de Lord Henry, deseja que seu retrato envelheça em seu lugar.
Ao longo da história, Dorian se entrega a todos os tipos de prazeres e pecados, enquanto seu retrato, escondido do mundo, envelhece e exibe os sinais de sua corrupção moral.
A obra de Wilde explora temas de narcisismo, moralidade e a busca incessante pela beleza, consolidando Dorian Gray como um dos personagens mais complexos e intrigantes da literatura gótica.
3 – O Fantasma da Ópera
“O Fantasma da Ópera”, de Gaston Leroux, publicado em 1910, traz Erik, uma figura misteriosa e deformada que habita os subterrâneos da Ópera de Paris. Conhecido como o Fantasma, Erik é um gênio da música, atormentado por um amor não correspondido e pela rejeição da sociedade por conta de sua deformidade física.
Sua presença assombra os corredores da ópera, onde ele manipula e aterroriza os que ousam desafiar suas vontades. Com sua trágica história, marcada pela solidão e pela busca desesperada por aceitação, Erik é um dos monstros não necessariamente mais assustadores, mas definitivamente um dos mais melancólicos da literatura.
2 – A Criatura
A Criatura de “Frankenstein”, romance de Mary Shelley publicado em 1818, é o produto de um experimento científico conduzido por Victor Frankenstein (sim, Frankenstein é o cientista, não a criatura, como muita gente pensa!).
Utilizando um princípio desconhecido da vida, Victor dá vitalidade à matéria inanimada, criando um ser que é ao mesmo tempo grandioso e monstruoso.
Sem nome próprio nem identidade, a Criatura é sempre mencionada por termos como “monstro” e “demônio”, simbolizando sua rejeição e isolamento. Apesar do apelo do monstro, a obra traz reflexões profundas sobre responsabilidade e o desejo intato de pertencimento.
1 – Drácula
Não tinha como escolher outro primeiro lugar que não “Drácula”, escrito por Bram Stoker e publicado em 1897, personagem que talvez seja o vampiro mais famoso da literatura.
O romance de Stoker, contado através de cartas, diários e artigos de jornal, segue o Conde Drácula desde seu castelo na Transilvânia até a Inglaterra, onde ele espalha terror. A caçada liderada por Abraham Van Helsing para destruir Drácula explora temas de medo, desejo e moralidade.
Drácula se tornou um arquétipo do vampiro, influenciando inúmeras adaptações e permanecendo uma figura central na cultura popular. Sua presença imponente e a capacidade de personificar os medos mais profundos influenciaram nossa escolha como o maior monstro da literatura gótica!
Você concorda com a lista? Deixa aí nos comentários caso tenha alguma outra sugestão de monstro da literatura gótica!