Ao Violinista F Moniz Barreto Filho, de Castro Alves

Ao Violinista F Moniz Barreto Filho

(IMPROVISO NO TEATRO SANTA ISABEL)

MOTE

No teu arco prendeste à eternidade!
Tobias Barreto.
ERA NO CÉU, à luz da lua errante,
Moema triste, abandonando os lares,
Cindia as vagas dos cerúleos mares
Te erguendo ao longe, ó peregrino infante!

Lá dos jardins sob o vergel fragrante,
A sombra dos maestros, sobre os ares,

Ouvias das estrelas os cantares
— Aves douro no espaço cintilante.

Mas quando o gênio teu se alteia aflito,
Da alabastrina luz à claridade,
Lançando flores, lá do céu proscrito,

Pasma Bellini; e em meio à imensidade
Diz a lua suspensa no infinito
No teu arco prendeste a eternidade!

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