O poema “Antonieta”, de Auta de Souza, retrata uma criança, destacando sua beleza e inocência. Vamos explorar os significados presentes no poema, suas metáforas e simbolismos.
Antonieta, Auta de Souza
Esta criança formosa
Tem um sorriso argentino,
Como o gorjeio divino
Que solta uma ave saudosa.
Muito inocente e mimosa,
Semelha um lírio franzino,
No rostinho pequenino
Guarda uma boca de rosa.
Se fala, a voz adorada
É como uma harpa encantada
Que os hinos de Além encerra,
Esta criança, Senhor!
É um mimo de teu amor,
Um anjo descido à terra.
Análise do poema “Antonieta”
O poema “Antonieta” retrata a imagem de uma criança, destacando sua formosura e inocência. Através de metáforas e simbolismos, a poetisa Auta de Souza explora a pureza e divindade presente na figura infantil.
No início do poema, a poetisa descreve o sorriso da criança como “argentino”, evocando a imagem de uma beleza brilhante e cativante. A comparação do sorriso com o “gorjeio divino” de uma ave saudosa reforça a ideia de que a criança possui uma inocência única e angelical.
A segunda estrofe destaca a delicadeza da criança, comparando-a a um lírio franzino. O uso da metáfora ressalta a fragilidade e pureza da criança, ressaltando também a sua beleza. O “rostinho pequenino” com “boca de rosa” enfatiza a suavidade e doçura da figura infantil.
Ao mencionar a voz da criança, o eu-lírico a compara a “uma harpa encantada”, que entoa hinos do além. Essa associação simboliza a voz da criança como um instrumento divino, que transmite a pureza e a sabedoria de um plano superior. O poema sugere que a criança é um canal de comunicação entre o céu e a terra.
No último verso, Auta de Souza afirma que a criança é “um mimo de teu amor, um anjo descido à terra”, referindo-se a Deus como o responsável pela criação dessa criança especial.