A sinistra maldição na cova de William Shakespeare

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Stratford-upon-Avon, uma tranquila cidadezinha na Inglaterra, é marcada na história como o local de nascimento e descanso final de um de seus mais ilustres cidadãos, William Shakespeare.

Na beirada do rio e sob as antigas abóbadas da Holy Trinity Church, o poeta descansa há mais de quatro séculos. Contudo, algo ameaçador acompanha seu túmulo: uma maldição escrita pelo próprio Shakespeare.

A maldição que Shakespeare colocou em sua própria cova

“Maldito seja aquele que mexer em meus ossos”, essas são as palavras que advertem qualquer um que ouse perturbar os restos mortais de Shakespeare.

Falecido em 1616, a lenda conta que uma febre, contraída após uma noite regada a bebidas com amigos, levou William Shakespeare.

Detalhe curioso para um dos mais célebres literatos de todos os tempos: ao contrário das práticas funerárias comuns daquela época, Shakespeare foi sepultado sem um caixão e sem uma lápide que carregasse seu nome, dividindo o espaço com Anne Hathaway, sua esposa.

A maldição escrita em sua cova é a seguinte:

Bom amigo, por amor a Jesus, contenha-se, De revolver o pó aqui encerrado. Abençoado seja o homem que poupa estas pedras, E maldito seja aquele que mexer em meus ossos.”

A sinistra maldição na cova de William Shakespeare

Essa decisão curiosa conseguiu manter seu túmulo intacto por quase 400 anos, com a ameaça da maldição mantendo historiadores e curiosos a uma distância respeitosa. Mas será mesmo?

O crânio de William Shakespeare está desaparecido!

Novidades vieram à tona durante um estudo realizado em 2016. Com a ajuda de tecnologia de scanner, descobriu-se que uma parte crucial de Shakespeare – seu crânio – não estava mais em sua cova.

Esse misterioso desaparecimento parece validar um rumor antigo: uma reportagem de 1879 afirmou que o crânio do poeta havia sido furtado, apesar da maldição.

Essa informação trouxe inúmeros questionamentos e desafiou a comunidade literária e histórica a voltar seus olhos para uma possível violação do local de repouso do dramaturgo, um ato que claramente desrespeitou sua vontade final.

A obra de Shakespeare frequentemente fazia a ponte entre o real e o sobrenatural. Será que, mesmo após a morte, o “Bardo de Avon” ainda consegue instigar mistérios e inquietação nos corações dos que têm a audácia de perturbar seu eterno descanso?

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Alexandre Garcia Peres

Criador do site Literatura Online e Redator, Editor e Analista de SEO com três anos de experiência. Formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com foco em literatura e TCC em Paulo Leminski. Fez um ano de especialização em Teoria da Literatura e sua maior área de interesse é a poesia brasileira, principalmente os poetas da segunda e terceira geração do romantismo.

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1 Response

  1. Jose Miguel Pereira disse:

    Essas curiosidades são de ” fundamental importância ” para os seres humanos em se tratando de autores que atiçam nossas curiosidades em querer saber sempre mais a respeito.desses ” gênios ” da humanidade. Continuem esse trabalho; é muito importante que aconteçam . Obrigado.!!!

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