Um novo livro, Ask Not: The Kennedys and the Women They Destroyed (Em tradução direta: “Não Pergunte: Os Kennedys e as Mulheres Que Eles Destruíram”), escrito pela jornalista investigativa Maureen Callahan, traz à tona o tratamento perturbador que os homens da família Kennedy dispensaram às mulheres.
Joe DiMaggio, jogador de baseball e ex-marido de Marilyn Monroe, já havia afirmado: “Todos os Kennedys são matadoers de mulheres, e eles sempre se safam. Eles sempre se safaram e continuarão se safando daqui a cem anos”. As informações são do The Guardian.
Sobre o livro Ask Not: The Kennedys and the Women They Destroyed
O livro de Callahan é uma análise profunda e reveladora sobre o “real maldição dos Kennedys”, explorando como a misoginia esteve presente na família ao longo das gerações.
A autora argumenta que, assim como os fundadores dos EUA passaram por recentes reavaliações quanto ao racismo, os Kennedys, frequentemente tratados como parte realeza política, devem enfrentar um ajuste de contas sobre questões de gênero.
Robert F Kennedy Jr., atualmente candidato independente à presidência, é criticado no livro não apenas por suas teorias da conspiração anti-vacina e declarações antissemitas, mas também por seu histórico de maus-tratos às mulheres.
Mary Richardson, que se casou com Robert Jr. em 1994, sofreu abusos psicológicos e traições constantes. Callahan descreve: “Gaslighted. Foi assim que Mary se sentiu”. “Gaslighting” é um tipo de abuso psicológico em que o agressor, além de agredir e desestabilizar a vítima, também a convence de que ela sofre de estabilidade emocional, credibilidade ou memória falha, fazendo-a duvidar da realidade.
As revelações polêmicas do livro
O livro detalha diversos casos envolvendo os Kennedys. John F. Kennedy, por exemplo, manteve um caso com Mimi Beardsley, uma funcionária de 19 anos da Casa Branca. Callahan escreve: “Mimi só era convidada para subir quando a Primeira-Dama estava fora, e seu trabalho era lembrá-lo dos prazeres simples: conversas triviais, banhos de espuma compartilhados e sexo, embora sempre apressado”.
John Kennedy Jr. também é retratado como um indivíduo imprudente, cujo relacionamento com Carolyn Bessette foi marcado por problemas. Em uma ocasião, Carolyn e John foram parados pela polícia devido ao cheiro de maconha no carro, mas o policial os liberou sem consequências. Carolyn, que sofria de ansiedade e depressão, morreu em um acidente de avião com John Jr., um incidente que Callahan descreve de forma detalhada e trágica.
Outro capítulo sombrio da família Kennedy é o incidente de Chappaquiddick, onde Ted Kennedy deixou Mary Jo Kopechne morrer afogada em um carro submerso. Callahan nota: “Na investigação, John Farrar, o mergulhador que recuperou o corpo de Mary Jo na tarde seguinte, testemunhou que Mary Jo não havia se afogado, mas sufocado até a morte. Ele disse que ela esteve viva por pelo menos uma hora na água, talvez mais”.
Callahan também discute como a narrativa sobre o acidente foi manipulada para transformar o ato criminoso em uma tragédia pessoal de Ted, permitindo que ele continuasse sua carreira política sem maiores consequências.
O livro de Callahan é um relato abrangente de como várias mulheres foram prejudicadas pelos Kennedys, destacando o poder da “máquina Kennedy” em difamar e marginalizar as vítimas. Ela conclui: “Qualquer vítima que ousar reagir encontrará o imenso poder da máquina Kennedy, que retrata qualquer mulher, não importa quão rica, famosa ou poderosa, como louca, rancorosa, vingativa; uma viciada em drogas, uma víbora, uma sedutora”.
Ainda não há previsão de quando Ask Not: The Kennedys and the Women They Destroyed será lançado no Brasil.